Review ao livro - Les Caractères ou les Mœurs de ce siècle, de Jean de La Bruyère



É mesmo um livro de bolso, não sou eu que tenho mãos gigantes, uma relíquia deixada pelo meu avô paterno.


Jean de La Bruyère, nasceu em França, mais concretamente em Paris a 16 de Agosto de 1645, e ficou famoso pela obra "Les Caractères ou les Mœurs de ce siècle" ou Personagens/costumes do século, composto por vários conjuntos de peças curtas de literatura, uma crónica em si ao século XVII, onde se pode constatar, que muitos pontos de vista que ele teria na altura, ainda hoje em dia existem e se passam.

Em si então, como se encontra dividido o livro?

  • Contém notas preliminares
  • Introdução
  • As obras do espírito
  • O mérito pessoal
  • As mulheres
  • O coração
  • A sociedade e a conversação
  • Os bens da fortuna
  • A cidade
  • A corte (realeza)
  • Os poderosos
  • Os soberanos da república
  • O homem
  • Os juízos/juízes
  • A moda
  • Alguns costumes típicos
  • O púlpito
  • Os incrédulos

O livro em si, está muito bem constituído, e de todos os pontos abordados, tem uma certa crítica, e se lermos com atenção, muito do que acontecia no século XVII, ainda hoje se passa, seria ele um visionário, ou nós simplesmente não mudamos muito a nossa mentalidade desde então?

Ficam aqui alguns excertos (provocatórios):

Capítulo - As Mulheres
«Las mujeres son extremadas: son mejores o peores que los hombres.»
(As mulheres são extremas: são melhores ou piores que os homens.)

«Una mujer inconstante es la que ya no ama. Una ligera, la que ama ya a otro. Una voluble, la que no sabe si ama y lo que ama. Una indiferente, la que no ama nada.»
(Uma mulher inconstante é aquela que não ama mais. Uma leviana, é a que já ama outro. A inquietável, aquela que não sabe o que ama nem o que não ama. A indiferente, aquela que nada ama.)

Capítulo - Os Homens
«Sólo hay para el hombre tres acontecimientos: nacer, vivir, morir. Al nacer no se entera, sufre al morir y se olvida de vivir.»
(Há apenas três eventos para o homem: nascimento, viver, morrer. Quando ele nasce, ele não descobre, ele sofre enquanto morre e esquece-se de viver.)

«Buscamos nuestra felicidad fuera de nosotros mismos y en la opinión de hombres que sabemos aduladores, poco sinceros, injustos, llenos de envidia, de caprichos y de prevenciones: que cosa más extraña!»
(Buscamos a nossa felicidade fora de nós mesmos e na opinião de homens que conhecemos como lisonjeiros, pouco sinceros, injustos, cheios de inveja, caprichosos e cheios de prevenções: que coisa mais estranha!)

Bem são muitos mais exemplos, que poderiam ser dados, faz-vos lembrar de alguém, ou será muito diferente dos dias de hoje?

Por fim, acredito que seja um bom livro para leitura, existe em Espanhol e em Francês, para quem tiver gosto por outras linguagem, pode sempre experimentar, se necessitarem de ajuda, não hesitem em contactar!


Se quiserem ler em Francês e algumas partes em Espanhol:

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