Onde Emprego Andas Tu? Retórica...


Então desabafando e escrevendo para quem desejar ler, o que é feito do Trabalho ou Emprego (sim, são diferentes), assim sendo empregos hoje em dia, passam pelo fast-food, call-center, atendimento ao público, vender gatos por lebre, seguradoras, imobiliárias, telecomunicações, e claro outros empregos, a talvez maior diferença está no período em que se está numa empresa ou organização, hoje em dia, sim ainda continuam a existir recibos verdes, vive-se um clima de incertezas (também se vivia antigamente), no sentido em que, se não queres ser escravo ou não aguentas a pressão, há mais gente que te substitua, não pensem que são insubstituíveis, até porque somos números e objectos, neste caso para desempenhar a produção que queiram, e se por ventura não venderem o X que querem, então mais dia, menos dia, independentemente se desempenham bem as funções, arranjam um mosquito e despedem por "justa causa".

Pormenores, sou licenciado em Gestão de Recursos Humanos, uma área que continua a ser mal realizada por ainda muitas empresas, onde continuam a existir chefes e patrões, mas pouco, que se acham capazes de tratar do assunto, ou colocarem pessoas de contabilidade ou fiscalidade a tratarem do assunto, sim continua a haver disso, ainda assim sendo ou não entendedor do assunto, tanto é o que vos recruta como o que dá a cara pela empresa para despedir, o que trata dos salários, das férias, o "mini" psicólogo, lá da empresa.
A pergunta é, se ser licenciado me alterou alguma coisa? Nem por isso, porque não é pelo papel, que faz de mim quem sou, e em termos práticos nem me deu lugar em nenhuma empresa, até ao momento...

Estranhamente (ser estranho é uma piada), ainda há pessoas que querem ter o seu ganha pão, há até quem tenha bons estudos, bom conhecimento e o quanto baste de sapiência e nem se importe de sujeitar a receber o ordenado mínimo (o tal que por muito que suba, leva cortes em tudo e tudo o resto aumenta, portanto fica igual, quando não fica pior, mas como somos um número na sociedade, não faz diferença se tal número tem dificuldades ou vive na rua ou é despejado na rua por insuficiência monetária), como sim também há quem goste de estar em casa sem fazer nenhum, a receber o dele e a achar que o estado tem de o suportar toda a vida, infelizmente nunca existiu nenhuma reforma nas diversas áreas, seja saúde, seja educação, seja emprego/trabalho ou seja na cultura, como as respectivas outras áreas.
E os que querem trabalhar ou se sujeitam ou são convidados a ir fazer o mesmo que fariam cá, lá fora, aquela aventura de limpar sanitas fora de Portugal, ou de fazer de baby-sitter com a diferença que recebem umas 5 vezes mais por cada hora de trabalho...

Tendo mencionado em "reforma", outra coisa que primeiramente é interessante alguém ter 66 anos ou mais, ou 40 anos dados aqui e ali, no fundo grande parte da vida a algo ou alguém, que nem sempre eles mesmos ou aos familiares, está em si numa idade onde já não dá para "usufruir" de tudo, portanto não pode abusar em grandes diversões, supondo até que sejam só abusos na alimentação, visto que nessas idades não se pode abusar nos açúcares ou no sal ou nos molhos, portanto até nisso se corta a diversão e em si vai alegrar-se a pão e água (exagero)? E na constante de alterarem a idade da reforma, no fundo mais dinheiro para cá e menos para vós, talvez na expectativa que padeçam nos entretantos e assim não têm de pagar muito mais tempo, ou para as empresas e organizações terem desculpa de os despedir por "justa causa" por dizerem que estão inadaptados às novas tecnologias ou mais lentos para a produção, bem no fundo a tratarem essas pessoas que deram uma grande parcela da sua vida, como lixo, como descartáveis, como velharia, e que há gente mais nova e mais escrava que com ou sem experiência, recebem muito menos, porque estão agora a começar, assim sendo é melhor pagar menos e tratar mal quem já deu muito...

Agora o experiência e sem experiência, vá vou fazer de conta que acabei de nascer, alguém tem experiência num trabalho, se não o derem ou colocarem à prova? É que pedem sempre triliões de anos de experiência, como se a experiência valesse desempenho ou valesse qualidade ou demonstre que alguém em pouco tempo pode simular ou fazer semelhante ou pelo menos tentar. E por exemplo se tiver 2 anos de experiência, e no anúncio pedir 2 anos de experiência, só porque não vão com a cara, naquele preciso momento mudam para "ah, queríamos alguém com 5 anos de experiência, peço imensa desculpa, mas já não vai ser possível, fícamos com o seu currículo na plataforma (aqueles que vão para o spam = lixo electrónico)".

Estágios? Quem já não os teve? Remunerados e não remunerados, do IEFP e sem ser do IEFP, de estudos via profissional ou mesmo de universitários, que coisas mais interessantes, há quem considere que não devam ser remunerados porque estamos na fase bebé a dar os primeiros passos (nem sempre é assim, nem sempre existe essa atenção ou acompanhamento, ou eu sou especial), e o que geralmente acontece quando chega ao fim? Ou gostam realmente de vós, e verificam que há talento ou pelo menos alguém trabalhador, e preferem apostar em vós (com o vosso consentimento), ou como o IEFP não fornece mais dinheiro e não estão para vos pagar um contracto de trabalho, seja ele de tempo determinado ou indeterminado, nessa opção optam por ou ter novo estagiário e fazer mais do mesmo, ou visto que o IEFP e estado português não está disposto a dar mais algum, optam por encontrar alguém que esteja disposto a estágio não remunerado durante X tempo, e vão fazendo assim o ciclo de vida, usufruindo de pessoas, nada de anormal.

Bem para quem não nasceu rico, nem tem cunhas, nem é filho de papás, a vida torna-se a pouco e pouco mais complicada e visto que o tempo prossegue e não espera por ninguém, vamos ficando velhos, o que para muitos é sinal de incompetência ou que não tem a capacidade de evoluir e aprender, para muitos a idade é um número que nos torna incapazes.

Então estando desempregado (curta ou longa duração), querendo trabalhar, tendo capacidades para trabalhar, tendo essa vontade, o que se deve fazer?
Insistir sem desistir, em enviar currículos, nem que enviem de diversas formas, o formato europeu, o vosso próprio formato, o formato que algum gestor de recursos humanos amigo, vos faça, se pela internet nos já numerosos sites de emprego que existem, não resulta, vão também de porta em porta, como se fazia antigamente, antes do tempo da "internet", se não conseguirem ainda assim, não desanimem, façam os vossos próprios projectos, tentem, façam o melhor que sabem, aprendam, façam cursos e-learning, se não tiverem dinheiro, façam os gratuitos (se necessitarem de ajuda nesse aspecto ou outro não hesitem em perguntar), o importante é que não desistam, nem deixem de ambicionar, mesmo que o momento actual seja desfavorável.
Eu também estou desempregado para efeitos legais e para o estado sou um dos que aparece lá na estatística, e tanto envio currículos via internet, nos vários sites, em si tenho contas em tudo o que seja site, vou a entrevistas de X em X tempo, sim são para inglês ver, querem que venda X e se vender Y recebo zero e eles ficam com o lucro, sim muitas são para estágios durante 1 ano e não te dão garantias, e sim muitas propostas de trabalho não são dignas, mas também não são obrigados a aceitar gato por lebre, apesar da situação poder ser penosa, tentem sempre o melhor possível por vós mesmos, ide de casa em casa ou de porta em porta, de empresa em empresa tentar entregar os vossos currículos, peçam a amigos, peçam a familiares, não tenham vergonha ou cerimónias, independentemente se fazem ou não descontos, mais vale um ganha pão do que dois a voar, adquiram conhecimento, competências, experiências, convivências, conheçam possíveis contactos, deixem a vossa marca (não andem ao estalo), façam como eu, escrevam livros, componham música, fotografem e façam sessões fotográficas, criem Youtubes com conteúdo diferente, atraiam as pessoas e façam por isso, dêem o vosso melhor e estejam de consciência tranquila que deram o vosso melhor, e continuem a estudar e a aprender.

Um bem haja e que sirva de alguma coisa este post.

Comentários