Ontem sim, hoje talvez e amanhã nem por isso...



Aproveitando fotografias que vou tirando ao longo da vida, e pegando no momento de duas pombas, onde tanto pode dar a ideia que se dão bem e estão em troca de mimos, também pode dar a sensação de que as coisas não estão tão bem assim, e assim sendo aproveito e faço uma espécie de análise aos dias de hoje, ao tal de século XXI, que a cada dia que passa, se afunda cada vez mais, em diversos temas e assuntos, mas enfim, se estiverem a ler, digam de vossa justiça, se não estiverem a ler, fica um desabafo daquilo que acontece e cada vez mais.

Antigamente e num passado nem tão distante e em alguns casos ainda actuais, os casais duravam mais de 50 anos casados, aliás isso era o normativo (normal), no tempo ou geração dos meus pais, a situação já não é igual, assim como na minha geração e nas restantes após a minha, e não se trata de um texto de saber qual a melhor ou pior geração, apenas constatação de factos. Independentemente dos dias bons e dos dias maus, lá se mantinham casados, salvo todas as excepções que se possam lembrar e de dar como desculpa, esqueçam o "mas isto e mas aquilo" ou "porque isto e porque aquilo", cinjam-se pela parte de que duravam uma vida juntos.

Nos dias de hoje, facilmente se conta com uma ou duas mãos os casos que duram meia dúzia de anos juntos, tanto é que cada vez menos existem casamentos, muito menos duradouros, o fenómeno mais actual é apenas juntar ou ver no que dá, do que ter chatices mais para a frente, e alguns casam-se apenas por conveniência ou obrigação, antigamente também existia do mesmo, especialmente obrigação, mas para esta tendência se ter tornado o normativo e o 'antigamente' estar em tendência a diminuir, deve-se muito ao facto das redes sociais e serviços semelhantes e as mil e uma escolhas que cada um de nós tem, são tantas as escolhas que por vezes estamos rodeados de tanta coisa e acabamos por nem escolher nada e deixamos passar ao lado quem realmente valha a pena.

Será que valerá a pena, dar seguimento a essa tendência?
- É a questão que deixo aqui, para quem ler. Independentemente se concordem, se tenham notado ou não.

Culminando ao raciocínio ainda acima (antes da questão), hoje em dia passou a ser mais importante ter X mil seguidores e X mil gostos (mesmo que na prática isso valha tanto quanto zero e o zero ainda tem algum valor), onde todos dão opiniões, todos sabem de tudo e mais alguma coisa, todos aconselham, todos metem o dedo onde ninguém os chamou, todos enviam mensagens privadas (já para não mencionar enviarem fotografias ou vídeos, sabe-se lá do quê - até se sabe -), como se haverá de reagir? E aqueles que se aproveitam das situações adversas que o casal está a passar? Aos magotes. Aliás, hoje em dia uma criança corre sempre o risco de ver pornografia, ainda sem saber o que é, com a quantidade de informação e por mais segurança que se tente colocar na internet, sim de facto um dia saberá o que é, agora em idades tão tenras, não existe a necessidade de trazer a perversidade, mas voltando ao tópico...

Todas as relações têm e passam por problemas, seria estranho se não tivessem problemas, embora problemas nem sempre seja sinónimo de desastre, por vezes significa que existe a necessidade de alterar algo, ou melhorar algo, ou um mal entendido, é mais uma questão de existir diálogo do que guardar rancor, guardar para dentro ou bater no cego, porque factualmente já é cego, não se fica mais do que já seja.

Assim como na tecnologia e equipamentos electrónicos, tudo tem um prazo, antigamente também era assim, tirando que uma televisão facilmente duraria 15 anos, sem tantos problemas quanto isso, hoje em dia se durar 5 anos a funcionar em condições, é bom, lá terá havido alguma alma caridosa na fábrica que colocou as peças todas e de forma correcta, de outra forma ou teria de ir a arranjo ou pelo preço de arranjo, já teria sido comprado outro equipamento, o mesmo se passa nas relações, desistem de conservar, preferem trocar, preferem abandonar e passar para outro ou outra (claro que para tudo é preciso valer a pena, se bater ou semelhante, não tem cabimento dar continuidade), tudo e todos são substituídos e substituídas, aliás até ameaçam que há gente na fila, se houver muito diálogo de que algo está mal, e como têm tanta oferta e tantos que se fazem ao chamado "bife" (sejamos francos a maioria vê a vida como iogurtes/comida/sexual), é tão simples deixar e substituir, mais do que substituir equipamentos (visto que esses se pagam).

Valham o que valerem os estudos e as metodologias utilizadas nos mesmos e inclusive já fiz vários estudos de caso de diversos temas, actualmente prevê-se que as relações duram sensivelmente 2 a 3 anos, muito semelhante aos equipamentos electrónicos, um facto curioso para quem andar distraído ou ser dos tais de "amigos com benefícios" o que é giro confundir amizade com sexo, mas um tema para outra ocasião.


Ficam estas provocações, para quem se der ao trabalho de ler, outra coisa que hoje em dia é gira, mas não acontece, preferem ler a primeira palavra, ler uma vírgula e a última palavra e fazem o filme todo, o mesmo que dar 100 elogios, mas ter dito um defeito, por onde se pega? Têm a resposta.


Boa leitura!

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