Problemas da Sociedade Portuguesa (2019 em diante)


Hoje irei dedicar esta publicação para me debruçar nos problemas da sociedade portuguesa, tanto a nível político, como na própria sociedade, assim como a sua mentalidade e algumas das lacunas que temos como população e pessoas individuais.
Não irei invocar todos os problemas, ficam apenas alguns.


(Num futuro, poderei dedicar outra publicação a uma parte dois deste tema, como sobre as bênçãos que a população portuguesa tem)

Começo pelo tema da Educação, estamos no século XXI, contudo ainda temos mentalidades um pouco aquém e com pouca formação profissional e educacional, não significa que ter muita formação e escolaridade, que faça desse alguém um ser celestial ou superior, até porque tenho colegas que são doutores, no entanto não sabem comunicar, não sabem escrever (dando erros de primária e não por lapso ou defeito de telemóvel/computador), nem sabem estar como adultos, contudo foi-lhes dado a atribuição de um título, ao qual muitas vezes na prática, não sabem o que fazer ou do que se trata, nem como funciona o dia-a-dia da sua função, há cunhas e cunhas e há 'peritos' para tudo e mais alguma coisa, mesmo que nunca tenham entendido do que se trata, mas todos temos jeito para opinar.

Apesar desses 'doutos' de trazer por casa, há gente de facto douta, que não se revê ou pouco ou nada pode fazer, para alterar esse rumo, seja por falta de coragem, seja por conivência, seja por não se querer chatear, seja por questões financeiras, ou o típico deixar andar.

Tivemos não assim há tanto tempo, o termo "Novas Oportunidades", onde qualquer pessoa que não tivesse o 9º ano ou 12º, em quase qualquer escola que tivesse esse termo, poderia por volta de 1 a 3 meses (salvo excepções), contar a história da sua vida, com erros (não havia assim tanta meticulosidade) passar a ter o 9º ou 12º, sem grandes dilemas, independentemente se outras pessoas demoram 9 anos ou 12 anos (salvo se reprovar) a fazer o mesmo. Isto tudo, para se poder demonstrar aos restantes países da União Europeia, que somos um país extremamente civilizado e com muita educação, políticos gostam sempre de estatísticas, para no final do mandato demonstrar que fizeram muito do que proferiram anteriormente, quando na realidade pouco ou nada fazem.

Ainda na Educação, o tema de professores, é um mal que vem desde o 25 de Abril, infelizmente a educação que deveria ser um dos pilares do país, nunca sofreu uma reforma em concreto, para agradar todas as partes, chega a Esquerda faz 'reforminhas', chega a Direita e faz outras tantas, depois ainda temos ali o Centro a acenar com o braço a quem o apanhar, geralmente a Direita pesca-o, contudo o resultado é igual, brincar com a Educação.

Há bons professores e maus professores, como em tudo na vida, nada é perfeito e estamos em constante aprendizagem, temos muitos professores que não sabem o que lá estão a fazer e a ocupar o espaço a pessoas com mais competência e apetência para ensinar, contudo apesar de a profissão ser crucial para o crescimento de qualquer pessoa, não só a nível intelectual, como estrutural, onde são mentores ou muitas vezes segundos pais e mães, não são sempre apreciados como tal, especialmente pelos governos.

Sem populismos e demagogias para as fotografias, género Marcelo, seria ideal num universo paralelo ou numa utopia, professores e governo e universidades/institutos/escolas/faculdades e chegarem a um consenso de ensino, matrizes de ensino, matérias leccionadas, autores de cada área, textos de suporte, material de suporte, material escolar, salários em condições, vá as condições mínimas para qualquer professor se sentir bem, porque não basta ter alunos.





Corrupção, é sem dúvida um malefício e um dos pilares deste país, coisa que não deveria de ser, e sempre na história a corrupção apenas levou a ditaduras, guerras, mortes, pobreza, et cetera.

Conseguimos, ser alguma coisa em 1º na União Europeia, e é na corrupção, conseguimos ultrapassar a Mafia de Itália (é só um exemplo), não é de todo motivo de felicidade, claro que quem é corrupto e corrompe, além de controlar vários e várias e saber muitos podres de muita gente (os tais telhados de vidro), vêem a corrupção como uma forma rápida de subir na carreira, ter dinheiro, casas, carros, vá o que lhes apetece e ainda calcar no cidadão 'comum' ou subjugá-lo à escravatura por meia dúzia de tostões.

Há vários tipos de corrupção, mas as que se destacam mais, são os desfalques em bancos, o dever dinheiro a bancos e não pagar e o cidadão 'comum' ter de pagar as dívidas milionárias de meia dúzia de corruptos, no futebol é sem dúvida a forma mais fácil de subir na carreira, às custas da corrupção, e não, não é só o árbitro, mas também jogadores, dirigentes, staff e treinadores, há de tudo e para todos os gostos, o mais giro como diria um artista que andou cerca de 30 anos no poleiro (para memória curta de muitos) informando os seus cidadãos que futebol não é algo de Portugal (talvez se jogasse em Espanha e não sabíamos).

Por outras palavras, os governos assobiam para o lado, seja pela sua cor clubística ou porque também têm lá interesses e talvez tenha sido assim que chegaram ao poder, é deveras interessante, Portugal tem dois paradigmas, quem rouba um pão para sobreviver, é preso e se necessário pena máxima, quem rouba bancos, rouba no futebol, suborna e é subornado, faz desvio de milhares de milhões de euros, deve milhares a bancos, manda bater, manda matar, a esse (especialmente enquanto no poder), nem sequer se senta no banco do réu.





Desemprego, outro fenómeno sempre em crescente, apesar de todas as estatísticas (pagas) que aparecem nos centros de emprego, canais de televisão, é interessante também ler esses estudos de trazer por casa, já sou simpático em considerar 'estudos', porque é o mesmo que aqueles telefonemas em aleatório (ou não) para meia dúzia de pessoas de uma população e considerar que esse é o pensamento de toda a população e fazer disso uma verdade, quando na realidade, por muito que a população portuguesa seja do deixa andar e do eu vi no Wikipédia e na CMTV, não faz disso uma verdade.

Há cada vez mais e nas diversas idades, tanto o que acabou de se licenciar, como o que está perto da reforma e nunca mais lhe dão (já basta não ser na totalidade, salvo bastonários da justiça, políticos, e semelhantes cargos, como diria o outro artista dos 30 anos + no poleiro, a reforma não dá para tudo, só falta relembrar que tem no mínimo 3, há quem nem 50% de uma tenha).

Este dilema também se deve às empresas/organizações e não somente ao governo ou como muitos passam aos que querem viver de subsídios e não fazer nada, se cerca de 1 milhão da população for desempregada, não significa que nesse 1 milhão, sejam todos malandros, mas isso digo eu.

Porque motivo então as empresas/organizações e governo também são responsáveis? Por razões como trabalho 12 horas/dia, sem feriados, sem folgas, rotatividade muito estranha, salário precário ou abaixo do ordenado mínimo (há políticos que nem sabem a quanto está), fazer funções de 6 ou mais pessoas, sofrerem opressão como "se não fizeres e te calares, há mais gente no desemprego que fica com o teu lugar", contratos com o IEFP onde a empresa paga só X montante e o estado paga Y montante, usufruir e abusar de estágios e estagiários, para poupar em impostos e salários, mais exemplos poderia dar, com estas práticas é natural que as pessoas ou não aguentem ou sejam despedidas sem justa causa (porque muitas das vezes é fácil dizer que foi com justa causa e não foi responsabilidade da empresa, e como não há testemunhas ou não há a coragem de haver, a culpa fica sempre da parte do trabalhador/funcionário).

Lógico que no meio de tanta empresa, há empresas que dão o exemplo e têm ambientes normais ou acima da média, com salários atractivos, chefia ou liderança de jeito, pena é serem poucas ainda.




Preconceitos, não se admirem nada, especialmente estrangeiros que consideram que somos um povo fantástico e simpático, sim até somos, fora aqueles que é pela frente e por trás está a dizer mal e porcamente, mas também há aqueles que são cheios de preconceitos com tudo e todos.

Não sei se sabem, certamente saberão, ainda há racismo neste país e não é pouco, seja qual for a cor, há racismo, vêem a pessoa como uma cor e não como um ser humano e isso não é só defeito de gerações é também pela falta da educação dada em casa, escolas, et cetera, é um mal que vem de trás e nunca foi devidamente corrigido e alterado, sem a hipocrisia do "eu permito o outro ser e existir", não é uma questão de se permitir, não somos ninguém para sermos superiores a outrem, é saber que há e saber aceitar e saber conviver e saber estar.

Como há preconceitos em termos de sexualidade, de vestimenta, de preferência sexual, de gostos, é literalmente o que eu gosto e o que eu sou tem de ser a base para todos os que rodeiam, não é assim, isso é viver no cubo mágico da idiotice crónica. Podemos não gostar, podemos não ter as mesmas ideias e gostos, não faz de nós seres celestiais para termos de impor a nossa cultura e gosto e preferência, devemos saber que há outras escolhas e devemos saber conviver com isso, sem cá extremismos, como há cada vez mais, especialmente lutas entre homens e mulheres, é das coisas mais idiotas que têm acontecido ultimamente.
Uma coisa é haver equidade, outra é substituir e fazer igual.




Estes são alguns dos problemas da Sociedade Portuguesa ainda em 2019, poderia ainda dar a pobreza, saúde, doutores presunçosos, etc.
Mais poderia escrever, mais detalhes, poderia dar, mas para bom entendedor, meia palavra deveria bastar, sabendo eu que o português dá para deturpar e pegar em pequenas partes e fazer um todo, quando deveria ler-se tudo e fazer o todo.

Um Bem-Haja!

Luís Costa

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